Aquilo
que em tempos para Demi, era uma alegria, tornara-se num pesadelo.
Estava a ir para Flogside, já nem se lembrava de como era longa a viagem e que quando era pequena costumava enjoar. Tudo aquilo lhe parecia inesperado e questionava-se de qual seria a razão da súbita lembrança dos avós por ela.
Estava a ir para Flogside, já nem se lembrava de como era longa a viagem e que quando era pequena costumava enjoar. Tudo aquilo lhe parecia inesperado e questionava-se de qual seria a razão da súbita lembrança dos avós por ela.
- Estamos quase a
chegar. – A voz da mãe parecia que vinha de longe.
Apercebera-se então que tinha adormecido.
Foi preciso mais meia hora para Demi se aperceber de que aquela paisagem e o
local não lhe eram estranhos. Concentrando-se um bocadinho mais no lado de fora
do carro, reconheceu um pequeno parque com escorrega e baloiços, onde em tempos
tinha brincado com o seu grupinho de amigos. Agora era apenas um parque
abandonado.
Lembrava-se de como em tempos Flogside tinha
sido uma aldeia cheia de alegria, luz e sobretudo turistas vindos de longe só
para visitar aquelas maravilhosas casas de xisto e também para experimentar o
prato tradicional da terra: Sopa da Pérola, que era costume servir-se no
café/restaurante local do que em casa dos habitantes, pois a Sopa da Pérola
consistia em sopa com vários ingredientes como cenoura, feijão e um
bocadinho de ervas aromáticas para dar um sabor especial à sopa. Mas dentro
desta continha uma pequenina pérola que dentro dela normalmente tinha uma
mensagem do que ia acontecer à pessoa que a lia num futuro próximo.
Mas agora Flogside parecia uma simples
aldeia onde habitavam pessoas da 3ª idade, mas Demi sentia algo obscuro, como
que se aquela aldeia tivesse um segredo, um segredo que só ela poderia
revelá-lo. O seu pensamento foi interrompido pela mãe.
- Chegámos, Demetria!
- Que bom! – respondeu Demi com ironia.
- Pelo menos podias mostrar um bocado de felicidade!
- Isso é impossível porque eu não estou feliz e nem vou estar no futuro
próximo.
- É muito difícil falar contigo. – disse Dianna a sair do carro e ir bater à porta de uma casa de pedras de xisto não muito grande. Demi conhecia aquela casa, onde passara uma grande parte da sua infância.
- Meu Deus, Dianna… como tu estás! – Disse a mulher que saiu de dentro de casa, seguida por um homem de cabelo branco…eram os avós paternos da Demi.
- Então como estão? – Dianna perguntou com a sua simpatia, enquanto beijava as faces da Sra. Carlotta e do Sr. John.
- Estamos bem, graças a Deus. Então a nossa netinha linda? – perguntou Carlotta a olhar para todos os lados menos para o carro, onde ainda estava Demi sentada com o telemóvel nas mãos no ar.
- Demi, sai do carro! – Demi saiu do carro ainda com as mãos no ar e nelas
o telemóvel.
- Eu não acredito que não tenho rede aqui!
- Demetria, não sejas mal educada e cumprimenta os teus avós!
- Olá avó! Olá avô!
- Oh meu Deus, Demi! Como tu estás crescida!
- Estás feita uma mulherzinha. – disse John que até agora tinha estado calado.
- Anda cá dar-nos um abraço.
Demi fez uma careta que só Dianna reparou, e lá lhes foi abraçar.
- Avó… está a esmagar-me!
- Tu estás tão magrinha, querida! – Comentou Carlotta.
Demi deu um sorriso envergonhado. Nunca
percebeu estas coisas dos avós dizerem que os netos estavam magrinhos. Eles
queriam que os netos quê? Estivessem obesos? Sinceramente.
- Bem, eu vou indo! – Disse Dianna acabando com o silêncio.
- Não queres tomar nada? – Perguntou John.
- Não, não! Obrigada, ainda tenho que ir trabalhar.
- Como sempre! – Sussurrou Demi, logo a seguir recebendo uma cotovelada discreta da avó. Dianna pareceu nem ter reparado ou simplesmente ignorou indo tirar as malas de Demi que eram duas (só com roupa), depois outra mais pequena que tinha as coisas de higiene e outra do mesmo tamanho com o calçado.
- Credo! Tanta mala! – Comentou Carlotta colocando as mãos no peito.
- Pois… a Demi é assim. – Disse Dianna indo se despedir deles. Quando chegou a Carlotta, esta sussurrou ao ouvido de Dianna. - Por acaso não tens visto o meu filho?
Dianna suspirou respondendo que o tinha visto na reunião de pais na escola de Demi.
Carlotta ainda sofria um bocado com o divórcio do filho, pois gostava muito de Dianna e achava-a a mulher ideal para o filho.
Mas agora não era altura para
ficar triste, pelo contrario, estava muito feliz por ter Demi cá e também por o
seu plano estar a funcionar lindamente.
First! :D
ResponderEliminarAmei, sério ^^ Gostei muito mesmo, a Demi é parecida comigo kkk'
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Jenny